A gordura corporal é essencial para a manutenção da saúde, entretanto, em excesso, pode trazer problemas e aumentar o risco de doenças. Mas, afinal, como o corpo constrói seu estoque de tecido adiposo? Ele vem apenas de alimentos gordurosos?
Basicamente, nossa gordura é proveniente da alimentação, mas não são apenas alimentos ricos nesse nutriente que se transformam em gordura corporal; os carboidratos também.
Para o carboidrato se tornar tecido adiposo, o processo é um pouco mais trabalhoso ao organismo. Esse nutriente começa a ser digerido na boca (por meio da enzima amilase) até chegar ao intestino. Lá, ele é quebrado até virar glicose, uma molécula menor, classificada como monossacarídeo. Do intestino, a glicose é liberada na corrente sanguínea. A insulina, então, pega parte dessa glicose e vai colocando para dentro das células do corpo para gerar energia e cumprir outras funções.
A insulina também leva a porção não utilizada nesse primeiro passeio para o fígado, onde será transformada em glicogênio. Ele funciona como uma pequena reserva de carboidratos para gerar energia quando ficamos sem, e é armazenado no próprio fígado ou nos músculos.
Se mesmo assim sobrar glicose, ela é convertida em triglicérides, o recheio dos adipócitos, nome técnico das células que compõem a gordura corporal. Além da própria gordura do alimento, os carboidratos também são usados na formação desse estoque
Como a gordura vira gordura corporal
O processo de transformar a gordura ingerida em tecido adiposo é diferente. Depois de consumida, a gordura do alimento é absorvida no intestino e então é carregada por lipoproteínas, que servem exclusivamente para dar essa carona, até o fígado. Nesse órgão, ela sofre uma série de transformações até dar origem a outras moléculas, como o colesterol HDL e o LDL, e passam a ser aproveitada em diversas funções.
Parte do que não foi aproveitado ali permanece em circulação ou é estocado diretamente nos adipócitos em forma de triglicérides, uma molécula que já vem pronta da alimentação, além de ser fabricada pelo fígado e pelo tecido adiposo. É um caminho mais simples do que o carboidrato, mas o excesso de qualquer um dos dois será estocado.